NICHOLAS SPARKS
Novo Conceito
Novo Conceito
Este romance, que no original intitula-se The Lucky One, de apenas 352 páginas, se passa no condado de Hampton, na Carolina do Norte.
Logan Thibault era um homem solitário, bom, doce e gentil. Levava uma vida de itinerante, fazendo caminhadas longas, passando por todas as adversidades como frio, fome, em meio ao clima implacável em companhia de Zeus, seu pastor-alemão, enfrentando neve, granizo, chuvas torrenciais e diversos obstáculos perigosos em busca de um destino, com um propósito, embora muitos achassem que queria esquecer as lembranças que deixou pra trás ou que caminhava por prazer.
Aos 28 anos, era atraído pela liberdade, porque sempre planejou sua vida, pois foi bem-sucedido na escola, nos esportes e na música (era um exímio e competente pianista e violinista), quando se alistou no corpo de Fuzileiros Navais depois de ter-se formado. Passou a adolescência com rumo incerto, já que vivia mudando-se de um lugar para o outro, em função de ser filho de militar. Aos 15 anos, perdeu o pai, um oficial da Marinha. Em cinco anos, não era imune à crescente tensão da guerra, porque sua válvula de escape era o pôquer e correr. Foi aí, que encontrou uma fotografia que mudaria o seu destino.
Victor, seu amigo do exército, cujos pais eram imigrantes ilegais, era muito religioso e convicto, porque acreditava em todos os tipos de presságios.
- Você disse que a achou no nascer do dia? Esse é o momento mais poderoso do dia. Isso é um sinal. Ela é o seu amuleto da sorte. Olha só a camiseta dela. Você achou essa fotografia por um motivo. Ninguém deu falta dela também por um motivo. (...). Ela estava destinada a você.Pág. 36
Logan sabia que não seria fácil, mas tinha algumas pistas para encontrá-la.
(...), não tinha muitas informações. Tudo o que tinha era a fotografia - nada de nome, nada de endereço. Não sabia onde trabalhava. Não havia número de telefone. Nem data. Apenas um rosto no meio da multidão.
Pág. 38
Enquanto isso, Beth, uma professora inteligente, franca, extrovertida, atraente, ingênua no amor, exigente e teimosa, que adorava dar sermões, foi criada por Nana, sua avó, desde os três anos de idade após perder os pais.
Criava Ben, seu único filho, e administrava o canil ajudando Nana no adestramento dos cães. Desde o princípio, seu casamento estava fadado ao fracasso, porque durou menos de um ano. Imaginava como seria estar casada com alguém com quem pudesse compartilhar os bons e maus momentos. Tinha a guarda compartilhada do filho com Keith, seu ex, e tentava fazer o máximo para terem uma relação amigável, porque pagou caro por esse erro o resto da vida.
(...) seria maravilhoso encontrar alguém com quem pudesse sair para jantar ou ir ao cinema. Um homem normal, alguém que se lembrasse de esticar o guardanapo sobre as pernas em um restaurante e, de vez em quando, segurasse a porta para ela passar. Não era pedir muito, era?
Pág. 81
Keith era a ovelha negra de uma família influente, poderosa e milionária. Policial, era valentão, explosivo, teimoso, imaturo, dono da verdade e abusava do poder com sua posição. Vivia a sua vida e saía com várias mulheres. Tinha uma frustração crescente e um desapontamento implacável em relação ao filho, por não aceitar o fato dele não ser atleta, sair para pescar e ter uma sensibilidade aflorada. Por isso, desprezava Ben e forçava-o a ser alguém que não era, como também o incomodava que a ex-esposa namorasse. Por isso, zelava pelos dois.
Ben é um garoto educado, gentil, solícito, solidário, esperto, com senso de humor, desengonçado e visualmente deficiente. Apesar de não ter amigos, escolheu o seu caminho. Adorava jogar xadrez, tocar violino, ler e escrever, porque era sensível. Aos dez anos, ansiava em ser aceito pelo pai, sempre tentando de tudo para agradá-lo, mas sem sucesso.
Nana era uma viúva teimosa, excêntrica, inteligente, peculiar, divertida, com uma habilidade nata para avaliar as pessoas instantaneamente e opinar sobre tudo sem medo, porque tinha um coração abençoado. Junto com seu marido, criaram e treinaram cães de caça, guarda e segurança doméstica, mas agora dirigia uma escola de obediência. Era uma grande treinadora e tinha uma enorme reputação (nesta parte, lembrei-me demais do livro “A História de Edgar Sawtelle”, de David Wroblewski).
Ao longo da leitura, os caminhos dessas três pessoas se cruzarão com o de Logan, que dominava um ambiente.
- (...) não sai com ninguém. O ex dela não deixa, e, pode acreditar em mim, você não ia querer se meter com ele.
Pág. 78
De qualquer forma, ia descobrir, e, quando descobrisse, ia dar um jeito nisso, e o Sr. Logan Thibault ia acabar detestando o dia em que resolveu colocar os pés na cidade de Clayton.Pág. 186
Com sua expressão dura, aparentava ser selvagem, mas era esperto e direto. Antropólogo, ex-fuzileiro naval, era competente naquilo que fazia. Inteligente, educado e misterioso, porque esconde algo, mas inspira confiança e tem uma sorte especial, porque sobreviveu a todos os bombardeios que adveio da guerra, mas era maravilhoso, esperto, gentil, sereno, reservado, decidido, autoconfiante, trabalhador e familiarizado com as tragédias e aceitava a inevitabilidade da vida, porque sua experiência na guerra ensinou-lhe a confiar em seus instintos, mesmo que não soubesse sua procedência. Vivia em companhia de Zeus, um cão dócil, brincalhão e protetor (fiquei encantada com Zeus, que é a atração do livro! Um fofo!).
Fazia com que todos se sentissem à vontade e achava que a foto era seu amuleto de sorte, pois carregava-a há mais de cinco anos, atravessou o país por ela, mas não sabe o motivo de estar ali, porque seu destino reservou-lhe algo, pois sente que um propósito maior está predestinado a ele.
- O que estou fazendo aqui? Por que vim para cá?
Pág. 175
- Você é um homem de sorte. E quando terminar sua missão por aqui, deveria ir procurar a mulher da fotografia. Sua história com ela ainda não acabou.
Pág. 98
Por outro lado, Beth achava que estava destinada a viver só, já que ela era vulnerável, bonita, perspicaz, charmosa, sedutora e apaixonada; e Logan sentia-se vivo como há muito não sentia.
Quando tinha sido a última vez que havia corado porque um homem tinha olhada para ela?
Pág. 191
Logan a completava de uma forma que jamais havia considerado possível.Pág. 277
No final, ela descobre uma verdade dolorosa e incontestável acerca de Logan e Keith, que estava diante de seu nariz o tempo todo.
- (...), a raiva começou a fazer parte de mim, como se fosse a única maneira que tivesse para poder lidar com a dor. (...) estava presa a esse ciclo horrível de indagações e culpa.Pág. 176
A leitura fluiu facilmente e de forma envolvente em meio a flashbacks que, no decorrer da narrativa, chegou a surpreender-me pela forma como tudo se encaixou gradativamente em dois terços da narrativa, onde os personagens foram bem retratados em sua complexidade, o que fez com que eu apreciasse cada momento.
A partir daí, achei que faltou um desenvolvimento melhor, porque tive a impressão que tudo parou com o intuito de finalizar a obra. Achei que o final, apesar de previsível, acabou tornando-se desagradável, porque foi muito apressado e senti que o autor quis dar um toque dramático e perdeu-se na história, porque a meu ver acabou sem aquela emoção que estamos acostumados a ver em seus romances, cujos desfechos são imprevisíveis.
Senti que ficou faltando algo. Sabe quando você espera mais? Então, cheguei ao ponto de ficar confusa e perguntei-me: “Realmente, isso aconteceu ou não?”. Tive que reler as páginas novamente para um melhor entendimento, porque achei que tanto o epílogo quanto algumas situações foram forçadas demais, o que culminou nesse final, que não foi o esperado. Felizmente, não chorei e o enredo teve um desfecho feliz, o que é um milagre em comparação com outras obras do autor. [risos].
Também percebi características semelhantes de seus romances anteriores, mas suas histórias sempre trazem um pano de fundo ótimo para discussões e reflexões, o que não foi diferente neste. A questão abordada é sobre como o destino interage na vida das pessoas e que as coisas estão predestinadas a acontecer o tempo todo, o que torna tudo muito real. Outra lição mostrada é que, às vezes, as coisas mais ordinárias podem transformar-se em extraordinárias!
Uma emocionante história sobre a força avassaladora do destino que se sobrepõe a tudo e dá sentido até nos momentos mais inexplicáveis da vida.
Mais um sucesso deste talentoso autor. Bjs, Rose.
ResponderExcluirOi, Glaucia.
ResponderExcluirFico lisonjeada pelas palavras e pelo carinho. Muito obrigada.
Eu adoro os livros do Nicholas, mas o único que achei lento foi esse em especial. Os outros, adorei!
Mas cada livro tem uma história, sempre traz uma emoção diferente no decorrer da leitura, não é mesmo?
Às vezes, tem livros que adoro, e outros leitores não gostam. Isso difere do gosto de cada um. ^^
Beijos.
Oi, Leninha.
ResponderExcluirQue dúvida cruel, hein? Mas se fosse eu, ia correndo no Butch, claro!!!
Beijos.
Carla, querida, bom dia. Eu gostei muito da resenha e da sinceridade. Eu adoro o Nicholas, mas as leituras de seus livros são sempre mais lentas. Acho que ele dá muita volta para escrever algumas coisas, assim demoro mais do que o normal para terminar. Com os seus comentários, sei que ficarei travada nesse livro. È claro que pretendo comprar, mas não de imediato. Agora já não estou com tanta pressa.
ResponderExcluirObrigada por mais essa linda resenha.
bjus no core
Adorei a resenha!
ResponderExcluirTo em dúvida se leio ele agora ou o Butch antes, dúvida cruel, kkk
Oi, Kassia.
ResponderExcluirSério que esse é o primeiro livro do Sparks que lerá? Que pena!
Recomendo muito Noites de Tormenta, Um Amor para Recordar, A Última Música, Diário de uma Paixão e Querido John. Esses dois últimos ainda não li, mas minha irmã leu e amou.
Também fiquei decepcionada, Kassia, mas apesar disso é um bom livro. Você vai gostar muito do Zeus e da Nana. Com certeza, vai querer voar no Keith de raiva! [risos].
Beijos.
Sério que tem isso no final? Poxa, que pena! Esse vai ser o primeiro livro do Nicholas que vou ler (que bom que não é triste). Espero que ele seja isso tudo que o povo diz, rs.
ResponderExcluirÉ isso o que quero no memento, um livro leve e envolvente. Só fiquei um pouco decepcionada com essa história de o final ser forçado, mas vou ler msm assim!
Bjs.
Oi, Samuely.
ResponderExcluirFico feliz em saber que não fui a única a sentir isso durante a leitura.
Também achei que aconteceu tudo muito rapidamente e não me agradou o rumo que o enredo tomou, o que deixou-me confusa.
Beijos.
eu também não consegui me apegar ao livro desde o começo, achei que era monotono e sem sal, mas enfim.. continuei a leitura e achei que faltou algo, assim como voce. apesar de tudo, ainda acho que é uma boa leitura, mas o fim aconteceu muito rápido, nao consegui entender direito...
ResponderExcluirbeijos
Oi, Gabi.
ResponderExcluirTambém achei o começo monótono, mas as coisas começam a melhorar quando as vidas dos três personagens se cruzam, porque o começo foi apenas uma apresentação para entendermos melhor a história.
Sou fã do autor, mas achei que esse livro deixou a desejar.
Ficarei aguardando a sua opinião.
Beijos.
Carlinhaaa
ResponderExcluirComecei a ler esse livro e não consegui passar do terceiro capítulo ainda =/ Achei o início confuso e monótono, tomara que melhore.Acho que todos os livros do Nicholas seguem uma 'receitinha de bolo-sucesso' e isso tem me incomodado um pouco. Quando terminar volto aqui para dizer se concordo com você, hehehe
Eu gostei demais do livro Carla
ResponderExcluirHERÓI tudo de bom, estória linda e não chorei!!!!!!!!!!kkkkkkkkkkkkkk.
Mas confesso que no último capítulo quase tenho um treco com o desfecho! kkk
Nicholas é tudo de bom, um dos meus escritores preferidos, apesar de ter muito drama em seus livros.
Não gostei do ator que vai fazer o Thibault no cinena, nada a ver ele é muito novo, seria melhor o modelo da capa do livro. kkkkk.
PS: Também amei o ZEUS, a amizade entre eles é linda!
bjs
Faby.
Eu não gostei daquele final!
ResponderExcluirPra mim, que não só lá muito fã, foi assim um balde de água fria na hora que se está no meio do sono, já que eu estava adorando o livro. u.u"
Me senti um balão de hélio furado, descendo de uma vez só depois de quase alcançar o céu! hahauhauha
Foi completamente frustrante!