LIVRO DE JOAQUIM
LAURA MALIN
Agir
Este livro, de 352 páginas, é o primeiro romance da autora que leio e foi uma grata surpresa por tratar-se de um romance histórico comovente permeado por componentes históricos fantásticos entre os séculos XIX e XXI em uma jornada inesquecível que faz parte da saga Tempo Perdido, composta por dois volumes.
Narrado em primeira pessoa sob a perspectiva de Joaquim Henrique Castro Nunes, que nasceu em 1797 e cresceu até 1824 com 27 anos, cuja idade permanece intacta até hoje, porque congelou no tempo, intercalando entre o presente e o passado, onde conheceu Leah, uma jovem portuguesa de 17 anos, que está de casamento marcado, em Fernando de Noronha e apaixonou-se perdidamente à primeira vista, mas há 188 anos busca essa paixão que se perdeu no tempo e persegue-o até hoje. Apesar de muitas mulheres que passaram em sua vida, só esse amor profundo deixou um perfume distinto no ar por onde quer que vá.
Dono de uma agência turística, atualmente em 2012, leva uma vida pacata e simples, rodeado de poucos amigos, tendo a companhia de bons livros, comidas e bebidas, além de uma mulher (com quem viveu determinada época de sua vida) na ilha depois de uma vida desgastada e reprimida em São Paulo, até que um dia encontra a misteriosa Sylvia e seu mundo desmorona, porque vê nela seu amor perdido. Será que é Leah?
Em 1824, o pai de Leah, que levaria algumas famílias portuguesas que não reconheciam a independência do Brasil, aportou no país para fazer um reparo em sua embarcação, o D. Januária, e contratou Joaquim para o conserto.
Joaquim conhece-a em um jantar. Criada no país, Leah estava voltando para Lisboa em busca de liberdade, prometida a um casamento arranjado e indesejado com o filho de um marquês.
O país estava no período colonial, mas ela foi forçada pelo pai a deixar o berço quando o Brasil tornou-se independente. Por não querer esse casamento e sair do país que aprendeu a amar, essa jovem em busca de liberdade se rebela e pede a ajuda de Joaquim para fugir e, a partir daí, os dois acabam se apaixonando perdidamente. Por isso, ele decide pedir sua mão em casamento, mas é impedido por ela, porque ela não tem nenhum futuro aos olhos de seu pai por ele não possuir posses. Por meio de ameaças e um futuro incerto entregaram-se de corpo e alma e planejaram fugir, porque eram esperançosos, ingênuos e tolos, mas queriam viver intensamente, mas mal imaginavam o que o destino lhes reservava.
Um dia, uma estrela cai do céu banhando-os no mar e acaba dando ao casal apaixonado a longevidade, pelo fato de uma estrela viver bilhões de anos. Desde esse dia, eles vivem a imortalidade à procura um do outro, sem envelhecer um minuto sequer, mas, antes deste fato, após uma noite de amor, o suboficial do navio mata Joaquim com uma espada encravada na garganta. Sem ter consciência de algo impossível, Leah é levada à força contra a sua vontade a Portugal.
Na falta de notícias, seu amado sai em sua busca pelo Brasil e mundo afora, passando por diversos países, cidades e capitais, entre elas: Nordeste brasileiro, São Paulo, Berlim, Paris, Nova York, Portugal, Viena, Estocolmo. E, nessa árdua jornada, Joaquim vivencia fatos históricos marcantes como o período colonial e imperial no Brasil, a Proclamação da República, a Belle Époque francesa, a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a ditadura militar, a crise americana de 1929, entre outras, passando por todas as adversidades em busca do seu único e grande amor.
Além dos fatos históricos verídicos como a escravidão, personagens como Charles Darwin, Pierre e Marie Curie, invenções e descobertas científicas como a eletricidade, o raios-X, a energia nuclear e o telefone, fiquei deslumbrada com o avanço mundial da tecnologia, porque foram muito avançadas para a época, como é até hoje. Além disso, adorei ver os lugares bem descritos, especialmente São Paulo de antigamente, que me fez relembrar das histórias que minha avó paterna contava. Em cada momento vívido por Joaquim, parecia que eu estava lá visualizando cenas, fatos, ambientes e personagens históricos, vivendo cada momento, como também torcendo, sofrendo, me emocionando a cada minuto em sua jornada incansável.
Mesmo em sua busca, Joaquim sofreu, chorou, sangrou por dentro, teve muitas vidas, mulheres e amores (Berenice, Anne Sophie, Luna, Bárbara, Olga, Sara, Vivienne, Dina, Marina, Nicolau e Sylvia) tentando levar a vida adiante, apesar do destino que os separou, mas nenhum desses amores foi capaz de ser inabalável e substituir Leah dentro do seu coração.
Uma das partes mais emocionantes do livro eram as cartas escritas por Leah, que se perderam no tempo, lidas por Joaquim atualmente, porque o livro se intercala entre o passado e presente.
A princípio, a capa não me chamou a atenção, mas só fui descobrir o que significava esta imagem de design, que caiu como uma luva, ao longo da leitura que fluiu facilmente em uma linguagem rebuscada de modo ágil tremendamente envolvente desde o princípio mesclando fantasia e realidade.
Além da história em si, o livro passa uma bela mensagem nas entrelinhas, seja através de Joaquim com suas aventuras amorosas em sua busca por Leah, ou seja através dos personagens secundários que conseguiram me conquistar, especialmente um deles, cujo final surpreendente eu não esperava!
Para finalizar, este livro está figurando entre os que estão no topo da minha lista deste ano. Agora estou ansiosamente aguardando para ler o Livro de Leah, o segundo volume desta saga, sob a perspectiva de Leah, que será publicado no ano que vem pela mesma editora.
Querem saber se Joaquim reencontrou Leah e pôde finalmente ser feliz ao lado de seu grande amor depois de tanto sofrimento? Isto, você saberá lendo o livro, é claro! (risos).
LAURA MALIN
Agir
Este livro, de 352 páginas, é o primeiro romance da autora que leio e foi uma grata surpresa por tratar-se de um romance histórico comovente permeado por componentes históricos fantásticos entre os séculos XIX e XXI em uma jornada inesquecível que faz parte da saga Tempo Perdido, composta por dois volumes.
Narrado em primeira pessoa sob a perspectiva de Joaquim Henrique Castro Nunes, que nasceu em 1797 e cresceu até 1824 com 27 anos, cuja idade permanece intacta até hoje, porque congelou no tempo, intercalando entre o presente e o passado, onde conheceu Leah, uma jovem portuguesa de 17 anos, que está de casamento marcado, em Fernando de Noronha e apaixonou-se perdidamente à primeira vista, mas há 188 anos busca essa paixão que se perdeu no tempo e persegue-o até hoje. Apesar de muitas mulheres que passaram em sua vida, só esse amor profundo deixou um perfume distinto no ar por onde quer que vá.
Nos meus ciclos de vidas tive várias mulheres. Mas só tive um amor. Leah. Que não vejo desde que o ano de 1824 foi gravado em todas as células do meu corpo. De tempos em tempos, ela aparecia estampada em outra mulher. Sem conseguir me lembrar dos detalhes de seu rosto, eu reinventava seus traços, confundindo-os com os de amores mornos e paixões descartáveis. Sempre munido da constante esperança de encontra-la; ou esquecê-la.
Pág. 18
Em sete ciclos, eu procurei Leah por onde fui. A esperança de reencontrar a mulher da minha vida sempre irrigou a tal amendoeira que ela própria havia plantado dentro de mim. Houve invernos e outonos, mas também houve algumas primaveras, quando seus galhos estiveram frondosos o suficiente para que eu me transformasse num jardim.
Pág. 22
Dono de uma agência turística, atualmente em 2012, leva uma vida pacata e simples, rodeado de poucos amigos, tendo a companhia de bons livros, comidas e bebidas, além de uma mulher (com quem viveu determinada época de sua vida) na ilha depois de uma vida desgastada e reprimida em São Paulo, até que um dia encontra a misteriosa Sylvia e seu mundo desmorona, porque vê nela seu amor perdido. Será que é Leah?
(...): a minha Leah era mais doce do que Sylvia. Meiga, (...) sorriso de menina. Leah não tinha a aspereza de um teju, era doce como um pôr do sol. Macia, intensa, viva, pronta a descobrir, sem defesas, uma primavera. Minha flor.Pág. 23
Em 1824, o pai de Leah, que levaria algumas famílias portuguesas que não reconheciam a independência do Brasil, aportou no país para fazer um reparo em sua embarcação, o D. Januária, e contratou Joaquim para o conserto.
(...). O mundo era grande, eu estava na ilha há quase quatro anos e, apesar de toda a beleza natural e de levar uma vida relativamente tranquila, precisava ganhar o mundo, conhecer uma mulher, constituir família.Pág. 29
Joaquim conhece-a em um jantar. Criada no país, Leah estava voltando para Lisboa em busca de liberdade, prometida a um casamento arranjado e indesejado com o filho de um marquês.
O país estava no período colonial, mas ela foi forçada pelo pai a deixar o berço quando o Brasil tornou-se independente. Por não querer esse casamento e sair do país que aprendeu a amar, essa jovem em busca de liberdade se rebela e pede a ajuda de Joaquim para fugir e, a partir daí, os dois acabam se apaixonando perdidamente. Por isso, ele decide pedir sua mão em casamento, mas é impedido por ela, porque ela não tem nenhum futuro aos olhos de seu pai por ele não possuir posses. Por meio de ameaças e um futuro incerto entregaram-se de corpo e alma e planejaram fugir, porque eram esperançosos, ingênuos e tolos, mas queriam viver intensamente, mas mal imaginavam o que o destino lhes reservava.
Um dia, uma estrela cai do céu banhando-os no mar e acaba dando ao casal apaixonado a longevidade, pelo fato de uma estrela viver bilhões de anos. Desde esse dia, eles vivem a imortalidade à procura um do outro, sem envelhecer um minuto sequer, mas, antes deste fato, após uma noite de amor, o suboficial do navio mata Joaquim com uma espada encravada na garganta. Sem ter consciência de algo impossível, Leah é levada à força contra a sua vontade a Portugal.
Na falta de notícias, seu amado sai em sua busca pelo Brasil e mundo afora, passando por diversos países, cidades e capitais, entre elas: Nordeste brasileiro, São Paulo, Berlim, Paris, Nova York, Portugal, Viena, Estocolmo. E, nessa árdua jornada, Joaquim vivencia fatos históricos marcantes como o período colonial e imperial no Brasil, a Proclamação da República, a Belle Époque francesa, a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a ditadura militar, a crise americana de 1929, entre outras, passando por todas as adversidades em busca do seu único e grande amor.
Durante minha interminável vida, eu havia cogitado, diversas vezes, a remota possibilidade de que Leah não houvesse se imortalizado e estivesse morta e enterrada há mais de um século. Mas existia, também, aquela incômoda caixa de Pandora dentro de mim, com a esperança ainda lacrada.Pág. 45
Além dos fatos históricos verídicos como a escravidão, personagens como Charles Darwin, Pierre e Marie Curie, invenções e descobertas científicas como a eletricidade, o raios-X, a energia nuclear e o telefone, fiquei deslumbrada com o avanço mundial da tecnologia, porque foram muito avançadas para a época, como é até hoje. Além disso, adorei ver os lugares bem descritos, especialmente São Paulo de antigamente, que me fez relembrar das histórias que minha avó paterna contava. Em cada momento vívido por Joaquim, parecia que eu estava lá visualizando cenas, fatos, ambientes e personagens históricos, vivendo cada momento, como também torcendo, sofrendo, me emocionando a cada minuto em sua jornada incansável.
Mesmo em sua busca, Joaquim sofreu, chorou, sangrou por dentro, teve muitas vidas, mulheres e amores (Berenice, Anne Sophie, Luna, Bárbara, Olga, Sara, Vivienne, Dina, Marina, Nicolau e Sylvia) tentando levar a vida adiante, apesar do destino que os separou, mas nenhum desses amores foi capaz de ser inabalável e substituir Leah dentro do seu coração.
Aquela estrela mágica, que morreu para me dar vida eterna, era perversa: me obrigava a, exatamente, suportar o insuportável; mesmo que doesse e que sangrasse e que latejasse, eu não tinha saída: (...). Meu corpo ridículo e covarde, funcionaria contra a própria vontade, e eu não teria opção: seguiria vivendo com minhas lacunas e adjacências.Pág. 152
Uma das partes mais emocionantes do livro eram as cartas escritas por Leah, que se perderam no tempo, lidas por Joaquim atualmente, porque o livro se intercala entre o passado e presente.
Joaquim, espere por mim! Pois eu esperarei por ti, não importa por quanto tempo, pois sei como aquela estrela nos ligou para sempre. Acredite, meu amado, nosso destino há muito foi traçado. Te amo com mais força do que antes.
Pág. 95
A princípio, a capa não me chamou a atenção, mas só fui descobrir o que significava esta imagem de design, que caiu como uma luva, ao longo da leitura que fluiu facilmente em uma linguagem rebuscada de modo ágil tremendamente envolvente desde o princípio mesclando fantasia e realidade.
Além da história em si, o livro passa uma bela mensagem nas entrelinhas, seja através de Joaquim com suas aventuras amorosas em sua busca por Leah, ou seja através dos personagens secundários que conseguiram me conquistar, especialmente um deles, cujo final surpreendente eu não esperava!
Para finalizar, este livro está figurando entre os que estão no topo da minha lista deste ano. Agora estou ansiosamente aguardando para ler o Livro de Leah, o segundo volume desta saga, sob a perspectiva de Leah, que será publicado no ano que vem pela mesma editora.
Querem saber se Joaquim reencontrou Leah e pôde finalmente ser feliz ao lado de seu grande amor depois de tanto sofrimento? Isto, você saberá lendo o livro, é claro! (risos).
Eu gosto muito quando a narrativa em 1ª pessoa é masculina, fiquei curiosa.
ResponderExcluirElis. http://arquivopassional.blogspot.com/
Um romance vivido em várias épocas? Devo confessar que não gosto muito de romances históricos, embora eu adore História. E esse romance que vc nos apresenta parece demonstrar vários fatos históricos importantes de um jeito bacana. E como o enredo não se passa somente numa determinada época, isso me atraiu bastante!
ResponderExcluirAbs.
@crislayne_df
Oi Carla!
ResponderExcluirEu tbm adorei o livro! Adoro narrativas elegantes e marcantes. Ótima resenha
Bjs
Verdade, Lulu.
ResponderExcluirSomos românticas incorrigíveis. rs.
Beijos.
Oi, Van.
ResponderExcluirTudo ótimo!
Adoro livros que tem o intuito de entreter e também ensinar. Muitos fatos históricos citados, eu conhecia através dos livros que li na escola, mas muitos desconhecia. Aprendi muito.
Como disse acima, a princípio a capa não chamou-me a atenção. Sempre vou na sinopse. Mas depois de ler, a capa simbolizou bem a história. ^^
Você vai adorar lê-lo!
Beijos.
Oi, Le. É a sua cara mesmo!
ResponderExcluirVocê vai adorar a história.
Ficarei aguardando as suas impressões. rs.
Ai ai, com certeza esse é o meu número!
ResponderExcluirTo com meu exemplar aqui, ansiosa para ler!
daqui uns dias volto pra contar minhas impressões!
Linda resenha, só aumentou minha vontade de ler!
Oi Carlinha, tudo bem?
ResponderExcluirBom, pelo visto este livro além de ter romance tem também um pouco de cultura, gosto d elivros assim que além de nos distrair nos ensina. Já vi vários blogs falando sobre ele e todos falam bem, me parece mesmo ser um livro super interessante, apesar de a capa não ser tão bem produzida quanto ela poderia ser....beijinho.
Vanessa - Balaio de Livros.
Eu fiquei curiosa, quando fala de amores impossiveis sempre desperta o meu interesse.
ResponderExcluirBeijos
http://www.apaixonadaporromances.com.br/
Oi, Carla, tudo bem? Sou assistente da Laura Malin e queria avisar que amanhã ela lançará o Livro de Leah!!! Você e tuas seguidoras estão super convidadas! Será na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, a partir das 19 horas (Rio de Janeiro).
ResponderExcluirA partir da semana que vem estará disponível em todo país. Estamos vendo com a editora alguns exemplares para enviar às blogueiras, me mande um email com teu email pessoal,
abs,