Eu Mato - Giorgio Faletti

EU MATO
GIORGIO FALETTI
Intrínseca

Este livro, cujo título original em italiano é Io Uccido, foi lançado em 15 de março de 2010. É o segundo livro do autor que li e amei, precedido de Eu sou Deus, que são thrillers policiais de suspense sensacionais que me arrebataram desde o princípio!

O enredo se passa nos cenários glamorosos do Principado de Mônaco, onde acabou de acontecer o período do Grande Prêmio de Fórmula 1 (que saudades de ficar aos domingos assistindo às corridas, torcendo e vibrando com o meu grande ídolo Ayrton Senna! Depois de sua morte, a Fórmula 1, pelo menos para mim, nunca mais foi a mesma, porque ele era inesquecível!), onde Nicolas Hulot, um delegado de polícia de Montecarlo, e Frank Ottobre, um agente especial do FBI, que está de luto, embarcam no caso mais angustiante de suas carreiras. Grandes amigos, os dois trabalharam juntos no passado em uma investigação de lavagem internacional de dinheiro relacionada ao tráfico de drogas e ao terrorismo.

- (...), sou um policial. Não escolhi essa vida por necessidade, mas por prazer. Sempre quis fazer o que faço e não me adaptaria a outra coisa. Nem sei se seria capaz. Há um provérbio italiano que minha avó sempre repetia. Dizia que quem nasce quadrado não morre redondo...

Pág. 73
E não conseguiria se perdoar nem que sua vida durasse o dobro da eternidade.

Pág. 76

Jean-Loup Verdier era o DJ de um programa de sucesso da rádio local, onde o encantador Pierrot, trabalhava como mascote, porque tinha um cérebro e a inocência de uma criança incorruptível e o dom de inspirar simpatia instantaneamente, além de ser um aficcionado por música, que era a sua grande paixão. Vivia com a mãe, uma faxineira, que inesperadamente foi abandonada pelo marido, que deixou-os sozinhos com uma mão na frente e outra atrás, depois que descobriu a deficiência mental do filho que, apesar de ter dificuldade em raciocinar coisas simples, tinha uma memória de computador em relação ao imenso arquivo da Rádio Monte Carlo. Apelidado de Rain Boy, por causa do filme "Rain Man" com Dustin Hoffman e Tom Cruise (Esse filme é um clássico e eu adoro!).

Enquanto isso, o piloto de Fórmula 1, Jochen Welder, conhece a campeã de xadrez, Arijane Parker, filha de um general norte-americano, e há uma atração instantânea entre os dois, que apaixonam-se perdidamente. Adorei a história dos dois pelo bom-humor.

- Por que o dono de uma cabeça tão interessante resolveu escondê-la dentro daquela panela que vocês, pilotos, são obrigados a usar.

Pág. 32

O encontro e os dilemas vividos por esse casal, fizeram-me lembrar do filme Alta Velocidade, estrelado por Sylvester Stallone, que mostra a vida e a adrenalina dentro das pistas e a excitante vida dos pilotos, exposta emocionalmente. Por isso, gostei muito de ver isso no livro e, desde que assisti ao filme, minha visão sobre as corridas automobilísticas nunca mais foi a mesma, porque mostrou uma realidade por trás das pistas.

Até que um dia, a polícia mede forças com um serial killer em Montecarlo, país que abriga mais policiais e menos crimes per capita que qualquer outro, desde que o primeiro crime ocorre, durante uma visita de Frank, recuperando-se de um atentado, vitimando duas pessoas famosas.

- Não têm mais rosto. O assassino esfolou-os como se fossem animais. Foi uma visão pavorosa. Nunca tinha visto tanto sangue na minha vida.

Pág. 59

Um dia, Jean-Loup Verdier, o DJ e carismático apresentador, recebe a ligação de um ouvinte inesperado: o serial killer que a polícia está procurando, oculto sob o apelido de "Ninguém".

- Até nisso nós somos iguais. A única coisa que nos diferencia é que, quando acaba de falar com elas, você tem a possibilidade de se sentir cansado. Pode ir para casa e desligar a mente e todas as suas doenças. Eu não. Eu não consigo dormir de noite, porque meu sofrimento nunca acaba.

- E nessas noites, o que faz para se livrar do sofrimento?


- Eu mato...

Pág. 27

Depois disso, a rádio e a polícia unem suas forças para deter "Ninguém" que, além de ser um grande conhecedor e apreciador de música, liga para Jean-Loup, antes de cada homicídio, avisando-o de suas intenções. Começa a anunciar seus próximos alvos por meio de enigmas propostos em telefonemas desesperados. Para confundir ainda mais a polícia, as músicas são utilizadas como pistas dos crimes. Depois de deixar um indício musical que não é entendido como tal, logo em seguida mata suas vítimas e as deixa num estado horripilante, cujas doses de barbárie e astúcia abatem e desnorteiam policiais, investigadores e psiquiatras e, ao mesmo tempo, com um sabor de zombaria, sem deixar vestígios. Muito bem preparado, age com inteligência. de forma impiedosa, com uma frieza, astúcia e com resquícios de sarcasmo cruéis!!! Os assassinatos, caracterizados pela frase Eu mato escrita com sangue, são sempre marcados por uma violência que não poupa nem mesmo a pele das vítimas.

- (...), trata-se certamente de um louco. (...) esse indivíduo já matou duas pessoas de maneira horripilante, o que demonstra uma fúria interior explosiva, mas também uma lucidez muito rara de encontrar na execução de um crime. Telefona e ninguém consegue localizá-lo. Mata e não deixa rastros de nenhum tipo, ou apenas insignificantes. Não se deve subestimar um homem assim. (...). Ele nos desafia, mas não nos subestima.

Pág. 101

Tragédias pessoais afetam todos os envolvidos nas investigações. À medida que os crimes dominam as manchetes europeias, o assassino faz novas vítimas, entre elas um gênio da informática e um bailarino russo e a polícia quer descobrir o motivo real pelo qual faz isso para elucidar o crime e descobrir sua real identidade, que eu descobri desde o princípio (risos), já que estão caçando nas sombras.

E, em meio a isso, surge mais complicações com o general Nathan Parker, um pai desesperado e enlouquecido de dor que resolveu fazer justiça com as próprias mãos. Ele tem uma história bárbara que chocou-me por trás das aparências.

Apesar da dor palpável que o agente F
rank Ottobre tem em sua vida, em meio a tantos dissabores, ainda resta um fio de esperança quando encontra um novo amor. Essa foi uma das partes mais tristes e emocionantes que mostrou dois sobreviventes que emergiram do abismo em que se encontravam.

- (...), depois que escapei por milagre de uma explosão (...). Saí da experiência destruído. Enquanto tentava voltar à tona do fundo do poço em que tinha mergulhado, vim para cá e fui envolvido, a contragosto, na investigação sobre um serial killer. Um assassino feroz como um tubarão, (...).

Pág. 500

O autor conseguiu manter o suspense, mesmo depois que a identidade do assassino foi revelada, quando é iniciada uma caçada implacável para impedir novos ataques e, garanto, que o final foi chocante, inesperado e com revelações surpreendentes.

Apesar de ser focado no serial killer, o livro mostra também um lado humano dos personagens, com seus dramas pessoais, suas ambições, seus anseios, sonhos e desejos, como também seus romances, que são singelos e emocionaram-me demais!

Encantei-me com diversos personagens, entre eles: Hulot, Frank, o doce Pierrot, Helena e outros com seus dramas interiores.

No decorrer da leitura, tive um emaranhado de emoções conflitantes. Me encantei, fiquei com pena, com raiva, emocionei-me, sendo que, em alguns momentos, fiquei estupefata, incrédula, chocada, etc.

Um livro surpreendente com todos os ingredientes na dose certa, personagens com dramas reais através das histórias do agente Frank Ottobre, de Helena Parker (que tinha um ódio ilimitado pelo pai e por si mesma por não rebelar-se no momento certo. No decorrer da leitura, esse pavor é esclarecido!), um general que não quer perder nenhuma guerra, a nenhum custo e abusa do poder em busca de justiça pela filha assassinada, um delegado sem ambições a não ser encontrar uma boa razão para sobreviver a um drama familiar, de um assassino insaciável que era completamente insano e feroz, por conta de seu amor doentio, para levá-lo a ser o que era. Muito drama e histórias de vida, romance, ação, suspense, adrenalina da primeira a última página, que valeu a pena!

Por isso, recomendo a todos que curtem o gênero de uma história policial de suspense, porque este thriller supriu todas as minhas expectativas desde o início! E, para aqueles que não gostam desse tipo de leitura ou ainda não tiveram o prazer de ler, garanto que serão arrebatados e surpreendidos!!! Este foi o segundo livro do gênero que li, depois da Trilogia Millennium, do autor Stieg Larsson, que conquistou-me definitivamente e, garanto a vocês, é imperdível e eletrizante!

Está esperando o que para ler o seu?!

15 comentários:

  1. Esse livrinho deve mesmo ser incrível. Um dos que eu tenho vontade de ler, com certeza. Só o nome já bota medo, daí você vê a capa e sai correndo...
    shaushaushaushua #mentira
    O livro deve ser muito emocionante, e me interessou bastante. E depois de uma indicação entusiasmada dessas... Só posso fazer o favor de ler, né?
    Vou ficar pobre desse jeito....
    shaushaushaushaushua

    Ótima resenha, Carla!

    Bjus,
    Náh

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  2. Nossa, pena que não tenho esse, senão pegava agora para ler.
    Ótima resenha, bem detalhada, nos mínimos detalhes, perfeita!
    Parabéns, vc sempre se superando!
    beijos!

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  3. Humm parece interessante, no estilo policial ne? Gostei vou procurar ler! E conhecer mais sobre os outros livros deste autor.
    Você curtia ver as corridas de formula 1 com o Ayrton Senna devia ser bem legal mesmo, digo isso pois não tive a oportunidade de ve-lo correr pois quando este faleceu eu era bem novinha tinha só alguns aninhos assim não lembro,rs. Mas amo futebol,não perco um jogo do Timão.Kkkkk
    Bjos.

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  4. Eu já estava amando a resenha e me interessando pela leitura. mas depois que vc comparou seu interesse por ele com a Trilogia Millenium, não posso fazer mais nada a não ser ler.
    beijos

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  5. Já vi vários elogios a esse livro... está na minha lista! ^^

    PS: quanto tempo eu não passava por aqui? meu Deus, muito! ;)

    Bjoos!

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  6. estou louca para ler este livro!!!

    http://conversandocomdragoes.blogspot.com/

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  7. Eu amo policial e essa sua resenha está soberba. Só me deixou com mais vontade ainda de ler Eu Mato, pois ele já estava na minha listinha (enooooorme) de futuras aquisições.

    Beijo

    Eliane (Leituras de Eliane)

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  8. Oi, Náh.

    Esse livro é sensacional!

    Sabe, aqueles livros marcantes?! Então, é desse gênero!

    Quando li o título, me deu medo também (risos), mas isso não é nada com as atrocidades cometidas pelo serial killer, que são pavorosas!!!

    O enredo é arrebatador e contagiante!

    Você vai adorar!

    Beijos.

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  9. Olá, Alinne.

    É um thriller policial de suspense, bem similar à Trilogia Millennium.

    Gostei mais desse livro do que do segundo do autor, "Eu sou Deus", pela ação e adrenalina em si, mas os dois são excelentes!

    Eu adorava a Fórmula 1. Ayrton Senna fez parte da minha adolescência. Era sensacional! Não perdia uma corrida com ele. Hoje em dia, não assisto mais, como era naquele tempo! (risos).

    Futebol não é muito minha praia não (risos). Só assito quando tem Copa do Mundo ou algum clássico. Mas não curto. Gosto mais de vôlei, ginástica olímpica, tênis, natação, patinação artística, etc.

    Beijos.

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  10. Oi, Renata.

    Ele é bem similar à Trilogia Millennium e tão fascinante quanto!

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  11. Oi, Fernanda.

    Faz tempo mesmo! (risos).

    Seja bem-vinda novamente!

    Beijos.

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  12. A resenha é tão bem feita que dá vontade de ler logo o livro CArlinha!
    Tenho de add a minha lista de desejados.
    cheirinhos
    Rudy

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  13. Mais um livro policial para minha lista de desejados, já tive oportunidade de ler esse livro que era de uma colega do estágio, mas não a vejo mais e não sabia que o livro era tão legal, se arrependimento matasse.

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  14. Carlinha!

    Primeiro, confesso que dessa vez eu não acertei quem era o culpado hauhauha fiquei com a mesma encucação do Frank!
    Mas acho que isso foi a melhor coisa que podia ter acontecido, porque, quando chegou o final do livro eu fiquei totalmente embasbacada com ele! hahahaha
    Mais uma indicaçãobem recebida! \o/!

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  15. Eu comprei esse livro por indicação de um amigo. Comecei a ler aos poucos. Terminei de lê-lo quando me encontrava internado. Mas a vontade era que não acabasse. E como disse realmente por mais que saibamos quem é o assassino lá pelo meio do livro (quase) a história continua intensa e não perde em momento algum a graça...

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Comentários

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