NOITE SEM FIM
ROBERTO CAMPOS PELLANDA
Tarja editorial
Este livro infanto-juvenil, de 300 páginas, é o primeiro da série fantástica “O Além-mar”, composta apenas por dois volumes.
Aos 14 anos, Martin Durão era um órfão solitário, inquieto e aventureiro, mas um explorador nato que ansiava em descobrir novidades. Além da forte personalidade tinha uma grande cicatriz no peito. Viverá grandes aventuras ao lado dos dois amigos inseparáveis: Omar e Maya, por quem sente um amor platônico.
Omar, filho do padeiro, era extrovertido, simples, sincero, inteligente, curioso e louco por um mistério e uma fofoca, que juntamente com seu pai influenciou-o na sua paixão por livros. Já Maya, filha do livreiro, era bondosa, amava a família, os amigos e os livros, mas sonhava ser retratista da Vila.
Martin residia com o tio Alpio e o primo Noa, ambos convencidos, arrogantes e insistentes. Levava uma vida rotineira, mesmo carregando em seu íntimo uma dor insuportável.
Atormentado pelo desaparecimento do pai, já que sua mãe desapareceu quando era bebê, este jovem determinado, bravo e corajoso decide averiguar o que o levou a embarcar em um destino sem volta, como também o que há por trás da opressão do regime Ancião e o que eram os Knucks?
Inquieto, sente que algo não está se encaixando e vai atrás dos amigos do pai, entre eles: Juan Carbajal, um canhoneiro bêbado e contador de histórias, e Niels Fahr, um escritor respeitado, além de um desajustado fora-da-lei, que ajudarão a desvendar esse segredo. Eles eram bons, excêntricos, solitários, cultos, inteligentes, paranoicos, mas reservados.
Ao descobrir sobre o pai, que era um homem conhecido, reservado e respeitado que lutava pela liberdade das regras arbitrárias, estará arriscando sua vida e se colocando em perigo iminente juntamente com seus amigos e os moradores da Vila, porque ninguém quer que ele saiba de nada.
A trama se passa em uma cidade medieval regida pela Lei dos Anciões, que asseguravam a sobrevivência em um mundo hostil e nenhum inconsequente devia desrespeitá-la. Iluminada por lampiões, a Vila era regida pela noite e semestralmente um navio partia sem retorno para o Além-mar e, o pior, que não existia nada lá fora. Ninguém sabia qual era o objetivo dessa missão. Os que retornavam eram considerados loucos e trancafiados nas masmorras onde muitas vezes eram julgados, condenados ou levados à morte.
Os Anciões se recusavam a ouvir e tampouco permitiam que você expusesse os seus pontos de vista, por isso ninguém tinha livre arbítrio na Vila, já que era o único lugar existente. Como se não bastasse tudo isso, todos temem o desconhecido já que alguns livros foram proibidos e qualquer informação seria perigosa. Já pensou viver em um mundo que rouba sua liberdade, sua vontade de viver e, para piorar, sem livros e conhecimento?
Os três jovens, que criarão um clube da leitura rumo a um propósito, lembrou-me da saga Harry Potter.
Há um grande sigilo em torno desse mistério que paira no ar, porque frequentemente há uma neblina espessa e envolvente que cobre a cidade e acarreta vários desaparecimentos sem deixar vestígios. Esta névoa me veio à mente os dementadores, porque há monstros temidos pelos moradores da Vila causando morte e destruição com um ódio intenso.
Os Anciões queriam impedi-lo de seguir os passos do pai, até que um dia Martin tem que correr contra o tempo se quiser salvar a cidade e seus amigos antes que seja tarde demais!
Será que sua cicatriz, o desaparecimento dos pais, a neblina, o segredo Ancião, os Capacetes Escuros, as Morfélias e os monstros estão interligados?
O livro mostra uma jornada perigosa rumo ao amadurecimento onde o amor, a fé, a lealdade, a amizade, a família e a esperança são capazes de superar com coragem todas as adversidades encontradas pelo caminho, colocando em jogo suas crenças e ideais, mas com apoio aliado a uma força motriz somos capazes de mudar o nosso destino.
Quero agradecer a indicação da Nanie Dias, porque foi no seu blog que li a primeira resenha deste livro que me instigou demais. Já conhecia outras obras do autor, mas nunca tive a oportunidade de lê-las, sendo que este foi o primeiro que li e adorei!
A leitura foi envolvente e fluiu rapidamente, cuja narrativa em terceira pessoa sob a perspectiva de Martin trouxe um enredo bem desenvolvido, distópico e dividido em duas partes que gerou muitas reflexões ao longo da leitura. Tudo isso foi uma grata surpresa, ainda mais pela capa que ilustrou perfeitamente o enredo, além da revisão e diagramação ótimas.
O autor escreve com uma leveza, clareza e objetividade, onde por diversos momentos pude visualizar cada cena descrita, o que foi maravilhoso. Adorei os personagens que, mesmo com seus dramas, bom humor e coragem, nos cativam a cada página lida e não há como você não se identificar ou torcer por cada um deles.
Ao final do livro, não pude deixar de ler uma prévia do que vem por aí e posso adiantar que estou ansiosa para o próximo volume. Segundo o autor me informou, ele sairá brevemente e será completamente extenso e distinto de “Noite sem Fim”, para evitar mais do mesmo como estamos acostumados a ver em algumas continuações de séries, com uma narrativa ágil e apostas altas, ainda mais depois do desfecho que culminou em um ato de coragem, que irá sacudir este novo mundo desbravado por Martin. E veremos a história sob a perspectiva de Maya alternando com Martin.
Atualmente, o autor está trabalhando em uma nova série de fantasia com uma premissa diferente.
Saiba mais sobre o autor e suas obras: Site Oficial | Twitter
ROBERTO CAMPOS PELLANDA
Tarja editorial
Este livro infanto-juvenil, de 300 páginas, é o primeiro da série fantástica “O Além-mar”, composta apenas por dois volumes.
Aos 14 anos, Martin Durão era um órfão solitário, inquieto e aventureiro, mas um explorador nato que ansiava em descobrir novidades. Além da forte personalidade tinha uma grande cicatriz no peito. Viverá grandes aventuras ao lado dos dois amigos inseparáveis: Omar e Maya, por quem sente um amor platônico.
Omar, filho do padeiro, era extrovertido, simples, sincero, inteligente, curioso e louco por um mistério e uma fofoca, que juntamente com seu pai influenciou-o na sua paixão por livros. Já Maya, filha do livreiro, era bondosa, amava a família, os amigos e os livros, mas sonhava ser retratista da Vila.
Martin residia com o tio Alpio e o primo Noa, ambos convencidos, arrogantes e insistentes. Levava uma vida rotineira, mesmo carregando em seu íntimo uma dor insuportável.
Atormentado pelo desaparecimento do pai, já que sua mãe desapareceu quando era bebê, este jovem determinado, bravo e corajoso decide averiguar o que o levou a embarcar em um destino sem volta, como também o que há por trás da opressão do regime Ancião e o que eram os Knucks?
- Em primeiro lugar nunca nos dizem qual o objetivo da viagem; em segundo, ninguém sabe por que alguns são escolhidos para a expedição e outros não; e, por último e mais importante: os navios raramente retornam. É como uma missão suicida.
Pág. 33
Inquieto, sente que algo não está se encaixando e vai atrás dos amigos do pai, entre eles: Juan Carbajal, um canhoneiro bêbado e contador de histórias, e Niels Fahr, um escritor respeitado, além de um desajustado fora-da-lei, que ajudarão a desvendar esse segredo. Eles eram bons, excêntricos, solitários, cultos, inteligentes, paranoicos, mas reservados.
Ao descobrir sobre o pai, que era um homem conhecido, reservado e respeitado que lutava pela liberdade das regras arbitrárias, estará arriscando sua vida e se colocando em perigo iminente juntamente com seus amigos e os moradores da Vila, porque ninguém quer que ele saiba de nada.
Pensou em quantos amores não tinham acontecido, quantos pais não viram seus filhos crescerem e quantas amizades não existiram por culpa do regime Ancião. Histórias iguais à dele próprio; sentia-se, de alguma forma, ligado a todas elas. Vidas interrompidas como uma frase que termina sem um ponto final.
Pág. 166
A trama se passa em uma cidade medieval regida pela Lei dos Anciões, que asseguravam a sobrevivência em um mundo hostil e nenhum inconsequente devia desrespeitá-la. Iluminada por lampiões, a Vila era regida pela noite e semestralmente um navio partia sem retorno para o Além-mar e, o pior, que não existia nada lá fora. Ninguém sabia qual era o objetivo dessa missão. Os que retornavam eram considerados loucos e trancafiados nas masmorras onde muitas vezes eram julgados, condenados ou levados à morte.
Os Anciões se recusavam a ouvir e tampouco permitiam que você expusesse os seus pontos de vista, por isso ninguém tinha livre arbítrio na Vila, já que era o único lugar existente. Como se não bastasse tudo isso, todos temem o desconhecido já que alguns livros foram proibidos e qualquer informação seria perigosa. Já pensou viver em um mundo que rouba sua liberdade, sua vontade de viver e, para piorar, sem livros e conhecimento?
Os três jovens, que criarão um clube da leitura rumo a um propósito, lembrou-me da saga Harry Potter.
Há um grande sigilo em torno desse mistério que paira no ar, porque frequentemente há uma neblina espessa e envolvente que cobre a cidade e acarreta vários desaparecimentos sem deixar vestígios. Esta névoa me veio à mente os dementadores, porque há monstros temidos pelos moradores da Vila causando morte e destruição com um ódio intenso.
Os Anciões queriam impedi-lo de seguir os passos do pai, até que um dia Martin tem que correr contra o tempo se quiser salvar a cidade e seus amigos antes que seja tarde demais!
- Como disse, o nosso tempo se esgotou. Em breve, Martin, todos teremos que lutar.
Pág. 182
Será que sua cicatriz, o desaparecimento dos pais, a neblina, o segredo Ancião, os Capacetes Escuros, as Morfélias e os monstros estão interligados?
O livro mostra uma jornada perigosa rumo ao amadurecimento onde o amor, a fé, a lealdade, a amizade, a família e a esperança são capazes de superar com coragem todas as adversidades encontradas pelo caminho, colocando em jogo suas crenças e ideais, mas com apoio aliado a uma força motriz somos capazes de mudar o nosso destino.
Quero agradecer a indicação da Nanie Dias, porque foi no seu blog que li a primeira resenha deste livro que me instigou demais. Já conhecia outras obras do autor, mas nunca tive a oportunidade de lê-las, sendo que este foi o primeiro que li e adorei!
A leitura foi envolvente e fluiu rapidamente, cuja narrativa em terceira pessoa sob a perspectiva de Martin trouxe um enredo bem desenvolvido, distópico e dividido em duas partes que gerou muitas reflexões ao longo da leitura. Tudo isso foi uma grata surpresa, ainda mais pela capa que ilustrou perfeitamente o enredo, além da revisão e diagramação ótimas.
Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria.(Jorge Luís Borges)Pág. 8
- Enquanto ainda pudermos fazer um ato de bondade para com estranhos, tudo terá solução.
Pág. 98
Aceite as coisas que o destino lhe traz, ame as pessoas às quais ele o une e o faça com todo o coração.
(Marcus Aurelius)Pág. 156
Ao final do livro, não pude deixar de ler uma prévia do que vem por aí e posso adiantar que estou ansiosa para o próximo volume. Segundo o autor me informou, ele sairá brevemente e será completamente extenso e distinto de “Noite sem Fim”, para evitar mais do mesmo como estamos acostumados a ver em algumas continuações de séries, com uma narrativa ágil e apostas altas, ainda mais depois do desfecho que culminou em um ato de coragem, que irá sacudir este novo mundo desbravado por Martin. E veremos a história sob a perspectiva de Maya alternando com Martin.
Atualmente, o autor está trabalhando em uma nova série de fantasia com uma premissa diferente.
Série “O Além-mar”
- Noite sem Fim
- O Primeiro Amanhecer
Saiba mais sobre o autor e suas obras: Site Oficial | Twitter